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Educação Para a Vida

Quantas vezes vemos propagandas de instituições de ensino falando de Educação Para a Vida (ou variações dessa frase), não é? Ver essas palavras juntas me faz lembrar de uma frase de Da Vinci (1452-1519), que diz que “O desenvolvimento do equilíbrio entre Ciência e Arte, Lógica e Imaginação, é pensar com todo o cérebro". Mas será que estamos, de fato, ensinando a pensar com todo o cérebro? Estamos educando para a vida?


O ritmo da vida hiperconectada é veloz e as revoluções e inovações ocorrem o tempo todo. O que hoje é certo e real, pode não ser mais válido amanhã.  Somos mais e mais digitais, e vemos a inteligência artificial crescendo de forma rápida e forte, inclusive nas tarefas mais cotidianas.


Ganhamos com velocidade e praticidade, mas, por outro lado, este infinito movimento de informações, sem pausa, eleva nossa ansiedade e a necessidade constante de reinvenção para manter-nos no mercado. Novas profissões surgem a cada momento e algumas conceituadas deixam de existir.


Diante de toda essa desconstrução e reconstrução do padrão social, mercadológico e de estilo de vida como estamos preparando as novas gerações? Será que estamos preparando os pequenos para trilhar estes percursos de constante transformação com êxito e de forma saudável?





Não me refiro apenas ao êxito profissional, mas também à realização pessoal. Sucesso tem que ser de dentro para fora e de fora para dentro. Ou seja, o indivíduo precisa estar bem consigo e com o seu trabalho para se sentir integrado e realizado.


Quando esse equilíbrio não acontece é que as pessoas desenvolvem crises de estresse, pânico, depressão ou ansiedade. Tudo isso por não nos sentirmos felizes e em conexão com a nossa essência ou propósito.


Em paralelo com a rápida mudança global, estão as escolas que, rara e timidamente, conseguem evoluir no ritmo atual. A grande maioria segue o mesmo sistema padronizado de décadas, moldando educandos e educadores a um programa que não acompanha a constante inovação e reinvenção de mundo.


O tom preocupante me instiga a refletir quando pensamos no quadro geral do desenvolvimento da fase infantil à jovem/adulta.



Nascemos crianças curiosas, desbravadoras, sonhadoras, cheias de energia e com a imaginação aflorada. Mas no período escolar, somos educados a nos enquadrar em um padrão de ensino baseado mais na memorização do que na reflexão, com pouco incentivo ao questionamento, o incentivo a tomada de decisões próprias ou o estímulo à criatividade.


Aos poucos, vamos nos moldando a um sistema de avaliação que estipula um padrão de aptidões para todos, sem fortalecer as emoções e o potencial individual de cada um.


Aprendemos a memorizar, mas não a observar a nós mesmos. Aprendemos a conhecer os mistérios do mundo, mas não os mistérios das nossas próprias indagações. Aprendemos a respeitar o outro, mas nem sempre a entender e a respeitar nossos próprios sentimentos.


Ensinamos nossos filhos e alunos a copiar formas prontas e raramente lhes ensinamos como pintar ou esculpir seus sentimentos e desejos, a expressar sua alma e suas emoções.


Concluímos a escola e, depois, a faculdade, de acordo com as supostas expectativas do mercado de trabalho, mas somos inseguros em gerenciar a própria vida e as emoções.


Nos formamos cidadãos com uma autoconfiança duvidosa e, muitas vezes, com o processo criativo desencorajado. Mas vivemos em um mundo onde empresas buscam pessoas autoconfiantes, criativas e que – como usado informalmente – “pensem fora da caixa”.


“A arte está para a criança como uma forma livre de experimentar a si mesma, a sua expressão, comunicação e descoberta de suas possibilidades de criação. Toda criança, assim que se vê diante de materiais gráficos, se põe a rabiscar, expandir-se, desenhar sem perguntar o que e como fazer. O que faz esta mesma criança, ao entrar na escola, deixar de expressar-se com tanta facilidade? Ou deixamos as crianças travadas... ou completamente livres e perdidas em suas expressões sem conduzirmos de forma adequada a um processo de elaboração. Formamos indivíduos mais inseguros, que imitam os padrões estabelecidos por outros e, muitas vezes, padrões esses que não funcionam, e o que vemos são pessoas cada vez mais insatisfeitas, infelizes e estressadas” (COLAGRANDE, 2010, p. 23).

Algo nesse processo está completamente desencontrado!


Na arteterapia o olhar é diretamente para o florescer do indivíduo. Se você quiser saber mais sobre como você pode deixar aflorar a sua criatividade, envie uma mensagem pelo WhatsApp (o link está no rodapé do site) ou inscreva-se para receber meus e-mails (no topo desta página).


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